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sexta-feira, 31 de março de 2017
quinta-feira, 30 de março de 2017
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 12: Mortificações para praticar em nossas relações com o próximo
Mortificações para praticar em nossas relações com o próximo
(Primeira
Parte)
1º Suporte os defeitos do próximo: faltas de
educação, de espírito, de caráter. Suporte tudo o que nele lhe desagrada: seu
modo de andar, sua atitude, seu tom de voz, seu sotaque, e todo o resto;
2º Suporte tudo a todos e suporte até o fim e
cristãmente. Não se deixe levar jamais por essas impaciências tão orgulhosas
que fazem dizer: Que posso fazer de tal o qual? Em que me concerne o que diz?
Para que preciso o afeto, a benevolência ou a cortesia de uma criatura
qualquer, e desta em particular? Nada é menos segundo Deus que estes
desprendimentos altaneiros e estas indiferenças depreciativas; melhor seria,
certamente, uma impaciência;
3º Encontra-se tentado a irar-se? Pelo amor a Jesus,
seja manso. De vingar-se? Devolva bem por mal. Diz-se que o segredo de chegar
ao coração de Santa Teresa, era fazer-lhe algum mal. De mostrar a alguém uma
cara má? Sorria com bondade. De evitar seu encontro? Busque-o por virtude. De
falar mal dele? Fale bem. De falar-lhe com dureza? Fale doce e cordialmente;
4º Ame fazer o elogio de seus irmãos, sobretudo
daqueles a quem sua inveja se dirige mais naturalmente;
5º Não diga acuidades em detrimento da caridade;
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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quarta-feira, 29 de março de 2017
DEVEMOS RESISTIR ÀS PEQUENAS TENTAÇÕES
É de grande proveito este combate para a nossa
santificação, meio incessante de novos méritos. Sem grande esforço fugimos
do homicídio; mais custoso achamos reprimir os assomos do mau humor.
Com pouco trabalho repelimos uma tentação de
adultério; quantos perigos, porém, encontramos cada dia nos maus
pensamentos, nos desejos criminosos, na familiaridade imprudente com
pessoas de sexo diverso!
terça-feira, 28 de março de 2017
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 11: Mortificações que há que praticar em nossas ações exteriores (continuação)
Mortificações que há que praticar em nossas ações exteriores
(Segunda
Parte)
6º Seja modesto em sua compostura. Nenhum porte
era tão perfeito como o de São Francisco; tinha sempre a cabeça direita,
evitando igualmente a ligeireza que a gira em todos os sentidos, a negligência
que a inclina adiante e o humor orgulhoso e altivo que a levanta para trás. Seu
rosto estava sempre tranquilo, livre de toda preocupação, sempre alegre, sereno
e aberto, sem ter sem embargo uma jovialidade indiscreta, sem risadas ruidosas,
imoderadas ou demasiado frequentes;
7º Quando se encontrava só mantinha-se em tão
boa compostura como diante de uma grande assembléia. Não cruzava as pernas, não
apoiava a cabeça no encosto. Quando rezava, ficava imóvel como uma coluna.
Quando a natureza lhe sugeria seus gostos, não a escutava em absoluto;
8º Considere a limpeza e a ordem como uma
virtude, e a sujeira e a desordem como um vício: evite os vestidos sujos,
manchados ou rasgados. Por outra parte, considere como um vício ainda maior o
luxo e o mundanismo. Faça de modo de ao ver sua vestimenta e adereços, ninguém
diga: está desarrumado; nem: está elegante; senão que todo o mundo possa dizer:
está decente.
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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domingo, 26 de março de 2017
REMÉDIOS PARA AS GRANDES TENTAÇÕES
Logo que dais por elas, fazei como as crianças à vista de uma fera, que se atiram nos braços do pai ou da mãe, ou chamam por eles em socorro.
Desta forma acudi vós a Deus, chamai por ele, que é este o ensino de Cristo; Orai para não entrar em tentação.
Se este continuar, abraçai-vos em espírito com a Cruz como se nela vísseis pendente o Redentor; protestai-lhe que não quereis consentir à tentação, pedi-Lhe seu amparo contra o inimigo, e perseverai neste protesto e nesta prece, enquanto durar a peleja. Olhai bem para Jesus Cristo, não demoreis o pensamento na tentação, que seria grande perigo de ceder-lhe; aplicai-vos a alguma ocupação justa ou de utilidade.
sábado, 25 de março de 2017
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 10: Mortificações que há que praticar em nossas ações exteriores
Mortificações que há que praticar em nossas ações exteriores
(Primeira
Parte)
1º Deve ser o mais exato possível em observar
todos os pontos de sua regra de vida, obedecer sem demora, lembrando-se de São
João Berchmans, que dizia: “Minha maior penitência é seguir a vida comum”;
“Fazer o maior caso das menores coisas, tal é o meu lema”; “Antes morrer que
violar uma só de minhas regras!”;
2º No exercício de seus deveres de estado, trate de
estar muito contente com tudo o que parece feito de propósito para desagradá-lo
e molestá-lo, lembrando-se também aqui da frase de São Francisco de Sales:
“Nunca estou melhor quando não estou bem”;
3º Não conceda jamais um momento à preguiça; da
manhã à noite, esteja ocupado sem descanso;
4º Se sua vida se passa dedicada, ao menos em
partes, ao estudo, aplique os seguintes conselhos de Santo Tomás de Aquino aos
seus alunos: “Não se contentem com receber superficialmente o que lêem ou
escutam, senão tratem de penetrar e aprofundar seu sentido. - Não fiquem nunca
com dúvidas sobre o que podem saber com certeza. - Trabalhem com uma santa
avidez em enriquecer seu espírito; classifiquem com ordem em sua memória todos
os conhecimentos que possa adquirir. - Sem embargo, não tratem de penetrar os
mistérios que estão por acima de sua inteligência”;
5º Ocupe-se unicamente da ação presente, sem voltar ao
que precedeu nem adiantar-se pelo pensamento ao que vem a seguir; diga com São
Francisco: “Enquanto faço isto, não estou obrigado a fazer outra coisa”;
“Apressemo-nos com bondade: será tão logo tanto quanto esteja bom”;
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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sexta-feira, 24 de março de 2017
Conselhos para o tempo da tentação - Cura d'Ars
"Assim como o bom soldado não tem medo do combate, assim também o bom cristão não deve ter medo da tentação.
Todos os soldados são bons em guarnição: é no campo de batalha que se faz a diferença dos corajosos e dos covardes.
A maior das tentações é não ter tentações. Quase se pode dizer que somos felizes de ter tentações: é o momento da colheita espiritual em que ajuntamos para o Céu. É como no tempo da ceifa: a gente se levanta de manhã bem cedo, dá-se muito trabalho, mas não se queixa, porque junta muito.
O demônio só tenta as almas que querem sair do pecado e as que estão em estado de graça. As outras são dele, ele não precisa tentá-las.
Se estivéssemos bem penetrados da santa presença de Deus, ser-nos-ia facílimo resistir ao inimigo.
Com este pensamento: Deus te vê! nós não pecaríamos nunca.
Havia uma santa que se queixava a Nosso Senhor depois da tentação e Lhe dizia: "Onde estáveis então, meu Jesus amabilíssimo, durante essa horrível tempestade?". Nosso Senhor respondeu-lhe: "Eu estava no meio do teu coração, gostando de te ver combater."
Um cristão deve sempre estar pronto para o combate. Assim como em tempo de guerra há sempre sentinelas colocadas aqui e acolá para ver se o inimigo se aproxima, assim também devemos estar sempre alerta, para ver se o inimigo nos arma ciladas, e se nos vem surpreender."
Pensamentos escolhidos do Cura d'Ars - São João Maria Vianney
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quinta-feira, 23 de março de 2017
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 9: Mortificação do espírito e da vontade
Mortificação do espírito e da vontade
(Terceira
Parte)
16º Aceite com a mais perfeita resignação as
mortificações chamadas de Providência, as cruzes e os trabalhos unidos ao estado
em que a Providência o pôs. “Quanto menos há de nossa eleição, mais há de
beneplácito divino”, dizia São Francisco de Sales. Queríamos escolher nossas
cruzes, ter outra distinta da nossa, levar uma cruz pesada que tivesse ao menos
algum brilho, antes que uma cruz ligeira que cansa por sua continuidade:
Ilusão! Devemos levar nossa cruz, e não outra, e seu mérito não se encontra em
sua qualidade, senão na perfeição com que a levamos;
17º Não se deixe turbar pelas tentações, pelos
escrúpulos, pelas aridezes espirituais: “o que se faz durante a sequidão é mais
meritório diante de Deus do que o que se faz durante a consolação”, dizia o
santo bispo de Genebra;
18º Não devemos entristecer-nos demasiado por nossas
misérias, senão mais bem humilhar-nos. Humilhar-se é uma coisa boa, que poucas
pessoas compreendem; inquietar-se e impacientar-se é uma coisa que todo o mundo
conhece e que é má, porque nesta espécie de inquietude e de despeito o amor
próprio tem sempre a maior parte;
19º Desconfiemos igualmente da timidez e do
desânimo, que fazem perder as energias, e da presunção, que não é mais do que o
orgulho em ação. Trabalhemos como se tudo dependesse de nossos esforços, mas
permaneçamos humildes como se nosso trabalho fosse inútil.
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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terça-feira, 21 de março de 2017
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 8: Mortificação do espírito e da vontade
Mortificação
do espírito e da vontade
(Segunda
Parte)
8º Ame a simplicidade e a retidão. A simulação,
os rodeios, os equívocos calculados que certas pessoas piedosas se permitem sem
escrúpulo, desacreditam muito a piedade;
9º Abstenha-se cuidadosamente de toda palavra
grosseira, trivial ou inclusive ociosa, pois Nosso Senhor nos adverte que nos
pedira conta delas no dia do Juízo;
10º Acima de tudo, mortifique sua vontade; é o
ponto decisivo. Adapte-a constantemente ao que sabe ser do beneplácito divino e
da ordem da Providência, sem ter nenhuma conta nem de seus gostos nem de suas
aversões. Submeta-se inclusive a seus inferiores nas coisas que não interessam
para a glória de Deus e os deveres de seu cargo;
11º Considere a menor desobediência às ordens e
inclusive aos desejos de seus Superiores como dirigida a Deus;
12º Lembre-se de que praticará a maior de todas
as mortificações quando ame ser humilhado e quando tenha a mais perfeita
obediência àqueles a quem Deus quer se se submeta;
13º Ame ser esquecido e ser tido por nada: é o conselho
de São João da Cruz, é o conselho da Imitação: não fale apenas de si mesmo nem
para bem nem para mal, senão busque pelo silêncio fazer-se esquecer;
14º Diante de uma humilhação ou repreensão, se
sente tentado a murmurar. Diga como Davi: “Melhor assim! Me é bom ser humilhado!”;
15º Não entretenha desejos frívolos: “Desejo poucas
coisas, e o pouco que desejo, o desejo pouco”, dizia São Francisco;
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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segunda-feira, 20 de março de 2017
O amor é veraz, é verídico, é essencialmente amigo da verdade.
"O amor, o verdadeiro amor advinha, penetra, descobre, simpatiza, faz suas as aflições do outro, dá ao outro suas próprias alegrias.
É compreensivo. Mas não é compreensivo no sentido que se dá a esse vocábulo, quando quer significar uma tolerância que fecha os olhos. Não.
O amor verdadeiro é compreensivo num sentido maior, que não fecha os olhos, mas que também não fecha o coração. Vê as falhas do outro, vê as misérias do outro, com uma generosa inquietação, com uma piedosa solicitude. Mas vê. Vê com amor. Mas vê.
E é nessa visão que ele encontra as forças de paciência para os dias difíceis, e que se defende das amargas decepções. A miséria, o defeito, a falha, apresentados pelo amor, conservam sempre a dignidade do contexto em que foram apreendidos, sem sacrifício da veracidade. Porque o amor é veraz, é verídico, é essencialmente amigo da verdade. E como compete à razão guiar a alma nos caminhos da verdade, segue-se com lógica irresistível que a razão é o piloto do amor."
Gustavo Corção
(Amor, casamento, divórcio, A Ordem fev/52)
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sábado, 18 de março de 2017
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 7: Mortificação do espírito e da vontade
Mortificação do espírito e da vontade
(Primeira
Parte)
1º Mortifique seu espírito proibindo-lhe todas
as imaginações vãs, todos os pensamentos inúteis ou alheios que fazem perder o
tempo, dissipam a alma, e provocam o desgosto do trabalho e das coisas sérias;
2º Deve distanciar de seu espírito todo
pensamento de tristeza e de inquietude. O pensamento do que poderá suceder no
futuro não deve preocupá-lo. Quanto aos maus pensamentos que o molestam, deve
fazer deles, distanciando-os, matéria para exercer a paciência. Se são
involuntários, não serão para você senão uma ocasião de méritos;
3º Evite a teimosia em suas idéias, e a
obstinação em seus sentimentos. Deixe prevalecer de boa vontade o juízo dos
demais, salvo quando se trate de matérias em que você tem o dever de
pronunciar-se e falar;
4º Mortifique o órgão natural de seu espírito, ou
seja, a língua. Exerça-se de boa vontade no silêncio, seja porque sua Regra o
prescreve, seja porque você o impõe espontaneamente;
5º Prefira escutar os demais do que falar você
mesmo; mas, sem embargo, fale quando convenha, evitando tanto o excesso de falar
demasiado, que impede os demais expressar seus pensamentos, como o de falar
demasiado pouco, que denota indiferença que fere ao que dizem os demais;
6º Não interrompa nunca quem fala, e não corte
com uma resposta precipitada quem lhe pergunta;
7º Tenha um tom de voz sempre moderado, nunca
brusco nem cortante. Evite os “muito”, os “extremamente”, os “horrivelmente”,
etc.: não seja exagerado em seu falar;
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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