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quarta-feira, 31 de julho de 2013

No sofrimento...

Estava lendo a notícia, que já se espalhou no mundo tradicionalista, de que Bergoglio teria proibido a Ordem dos Franciscanos da Imaculada de continuar celebrando a missa do motu proprio, e me deparei com esse belo e consolador texto de Dom Ruotolo, a quem São Padre Pio chamava de Santo em vida, dizendo aos napolitanos que o procuravam: "Por quê vinde a mim se tende Dom Dolindo em Nápoles? Procurai-o, ele é um santo!". Bom, ele ainda é Servo de Deus, diferentemente de uns e outros que se tornaram "santos da neo-igreja" sem processo e sem um milagrinho sequer. De qualquer forma, e em resumo, ele foi processado pelo Santo Ofício e suspenso uma pá de vezes antes de ser definitivamente reabilitado em 1937, pois suas "conversas" com Jesus (e santos) seriam a "semente" do que se realizaria através do Vaticano II, do qual muitos o alardeiam com um precursor... Well, meu bom diretor espiritual diz que não importa muito quem diz, mas o que diz, e por isso vou publicar.

A QUEM CHORAR


 Muitas vezes, mesmo os amigos mais próximos nos viram as costas sem compreender nem compadecer-se do sofrimento alheio. Somente Deus nunca nos abandona. O Santo Jó, não obstante tenha perdido tudo, bens materiais e saúde, sem ter culpa, sofreu a incompreensão dos amigos, o que o fez sofrem mais do que a própria doença e da própria pobreza. Foi por isso que pronunciou a famosa frase: “Meu olho chora volvido para Deus”, que no majestoso latim da antiga Vulgata soa assim: “Ad Deum stillat oculus meus”. Nos momentos de dor e sofrimento, apenas Deus pode nos consolar, como um pai consola seu filhinho que chora. Dom Dolindo Ruotolo escreveu belíssimas meditações sobre as Escrituras Sagradas. Eis como comentou a frase de Jó, "Ad Deum stillat oculus meus":
“Por quê nos angustiamos tanto? Volvemos os olhos aos Senhor com confiança, pois não é sobre a terra Sua consolação, mas no Céu. Apenas Deus nos conhece, somente Deus pode compadecer-Se de nós, somente Deus pode nos consolar. Os homens sobre a terra são verbosos, só sabem dizer palavras, só podem dizer palavras, muitas vezes irritantes mesmo querendo torná-las consoladoras. Nosso olhos lacrimeje apenas a Deus: Ad Deum stillat oculus meus. Como é bonita essa frase de Jó! Chore a Deus este olho que não pode ser saciado por nenhuma visão terrena, estile a Deus, pois não pode encontrar um pai mais terno do que Ele, estile a Deus depositando em Seu coração, junto com as lágrimas, a angústia, a confiança, o amor, a esperança, a união perfeita à Sua vontade: Ad Deum stillat oculus meus! Os anos passam, o caminho que percorremos não conhece o retorno sobre esta terra, tudo muda ao nosso redor, somente Deus permanece, como nossa única esperança: Ad Deum stillat oculus meus! Nossa testemunha está no Céu! De fato, Deus conhece a nossa fragilidade e dela se compadece; conhece as nossas misérias e as perdoa quando nós recorremos à Sua misericórdia com sincero arrependimento; conhece a condição de nossa peregrinação e nos ajuda. Que conforto nos traz, quando as criaturas irrompem contra nós e nos julgam mal, pensar que nossa testemunha está no Céu e que Deus nos conhece! Ó! O Senhor nunca deixa vã nossa esperança, e quando tudo nos parece perdido, intervém Ele para nos defender e para fazer luz nas trevas. (...) Repitamos com Jó, quando as tempestades são mais ferozes: Ad Deum stillat oculus meus.”

[extraído de “La Sacra Scrittura”, Volume IX, Jó; por Dom Dolindo Ruotolo].

Visto em: http://cordialiter.blogspot.com.br/2013/07/circa-frati-dellimmacolata.html. Artigo sobre os Franciscanos da Imaculada que foram proibidos por Bergoglio de celebrar a Missa do Motu Proprio. 

Tradução: Giulia d'Amore. 

Jó zombado pela mulher
by Gioacchino Assereto

 Fonte: http://farfalline.blogspot.com/2013/07/na-noite-mais-escura.html.
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