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terça-feira, 2 de julho de 2013

O mito de alcançar a felicidade levando uma vida de prazeres

Quase todas as pessoas foram educadas com a ideia de que, satisfazendo os seus caprichos, é possível levar uma vida de prazer, que o mundo dá, e ser feliz nesta terra, pelo menos. E mais outra mentira: se morrer, ao último momento pode ser ainda que arrepender, e que, por causa disso, ir para o céu. De maneira que então terá acumulado: a felicidade na terra e a felicidade no céu.


Ter tudo o que se deseja não dá a felicidade

Há, nessas ideias, uma porção de enganos a considerar.  Um primeiro engano decorre da facilidade do homem em saciar-se. Há uma qualquer disposição pela qual a pessoa só é feliz com uma coisa muito boa, nova.  Quando ela se habitua, aquilo deixa de dar felicidade.  Por mais excelente que seja, por mais magnífico que seja, quando ela se habitua, aquilo deixa de dar felicidade, e ela quer uma outra coisa nova.

Frequentemente o ponto de comparação é com alguém que tem mais do que ela:  “Humm, que coisa boa se eu conseguir isso…” É um engano, porque a realidade da vida é outra.  Quando encontrarmos o que julgamos dar felicidade aqui na terra, iremos perceber que aquele mais nos habituou e está sem graça. Então quereremos mais, quereremos mais…, senão caímos na frustração. E nada faz a vida feliz.


A verdadeira felicidade: equilíbrio de alma dado pela graça da Fé

Ora, uma pessoa pode ter uma vida até muito difícil, e no entanto não ser infeliz.  E estar sempre animada, sempre contente e ajudar os outros a carregar pesos mais leves do que o que ela carrega.

De onde vem essa disposição de alma? Vem da graça, vem da fé, vem da oração bem feita, pela qual a pessoa obtém um certo equilíbrio de alma, que esse sim dá a verdadeira felicidade.

O verdadeiro equilíbrio de alma faz com que a pessoa tome tudo direito e encaminhe direito aquilo que deve encaminhar. Supõe sofrimento, é verdade. Mas, uma vez feito esse sofrimento, a pessoa alcança um patamar de vida absolutamente superior. Esse a pessoa sensata não troca por nada!

Ser uma pessoa feliz apesar das dificuldades é ter esperança nas promessas feitas por Nossa Senhora. Felizmente, a Providência divina sempre nos proporciona conhecer gente assim. Às vezes é até pessoa doente, de nervos fracos, etc., porém que está sempre animada, tocando para frente, afável, acolhedora, gentil. Porque tem um bom equilíbrio de alma, às vezes difícil de reconstruir a todo momento.

São Paulo tem uma frase muito bonita: Super abundo gaudii tribulationibus meis – É mais ou menos: “Eu tenho um gáudio, uma alegria, superabundante, no meio das minhas tribulações”.

A cena mais triste que há na história do mundo é a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Cruz, e Nossa Senhora olhando o Filho d’Ela morrer na Cruz. Ele sofreu o que nunca nenhum homem sofreu, de um lado.  De outro lado, nunca uma Mãe amou tanto seu filho quanto Ela o amava.

Até o momento em que Ele gritou Eli, Eli, lahma sabactani, Ela estava de pé, aguentou tudo, transida de dor, mas querendo. Ela queria que aquilo se passasse para que nós fôssemos salvos!  De maneira que, no fundo, Ela estava contente.  Segundo São Francisco de Sales, na “fina ponta da alma” –  o que a alma tem de mais alto, que é o desejo da mais profunda felicidade –, ali Ela estava, feliz…

Peçamos a Ela que nos conceda participar desse equilíbrio de alma.

Link deste artigo: http://www.espacojames.com.br/?cat=8&id=3122.

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