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sábado, 8 de abril de 2017

Instruções sobre o Domingo de Ramos







Com sentimentos misturados de alegria e de tristeza convém que acompanhemos a procissão de Ramos: alegria pelo triunfo do Salvador, e com a lembrança de nossa futura recompensa, ao entrar com ele na Celeste Jerusalém; tristeza, ao considerar que esses mesmos Judeus, cujas aclamações atroam os ares neste dia, ergueram brados de morte, no fim de cinco dias, e lançaram aos ecos da cidade e do calvário, blasfêmias e impropérios contra Aquele a quem hoje recebem como Filho de Davi.

Ai, quantos Judeus assim entre Cristãos! Quisera ninguém de nós tal seja!

Como é consagrado todo o ofício de Ramos a honrar o Salvador, canta-se a Paixão na Missa.

Para nos tornar mais sensível esse terrível acontecimento, faz a Igreja ouvir três vozes: a voz do historiador que conta o fato, a voz dos Judeus ou do pecador que acusa seu Deus e pede que morra, e a voz da augusta Vítima que conserva no meio dos algozes Sua majestosa serenidade, com a brandura do cordeiro.

Parece-nos assistir ao drama espantoso; penetra-se-nos o coração; experimentamos sentimentos que não pode inspirar a simples leitura da Paixão.

Ó Igreja Católica! Como bem conheces a humana natureza!






ASPIRAÇÃO

Como poderia, ó meu divino Jesus, contemplar-vos e não renunciar à minha vontade, ao meu orgulho, abraçando-me com a obediência e humildade?






Excerto do Goffiné, pág. 448/449




 
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