Soneto de António Lobo de Carvalho, poeta vimaranense do séc. XVIII
Ilustração do Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro Para o Ano de 1860. |
AOS AVARENTOS
Maldito seja, seja excomungado,
Aquele horrendo mísero jarreta,
Que cheia de dobrões tendo a gaveta,
Nem somente um real dá emprestado!
Algum furto lhe façam com tal treta,
Que o misérrimo vil, como escopeta.
Arrebente de estouro, exasperado!
Veja enfim por castigo derradeiro.
Quando estiver já quase moribundo,
A festa que se faz ao seu dinheiro.
E padecendo as penas do profundo,
O diabo lhe conte quanto o herdeiro
Se regala com ele cá no mundo!
António Lobo de Carvalho.
[in Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro Para o Ano de 1860, Tipografia Franco-Portuguesa, Lisboa, 1859, pág. 344]
Visto em: http://araduca.blogspot.com.br/2009/12/soneto-de-antonio-lobo-de-carvalho.html.
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