"(...)É
muito fácil que o servo presunçoso se engane, debalde, julgando ter-se
habituado a desconfiar de si mesmo e a confiar em Deus.
E poderás notar como te enganas, pelo sentimento que nascer em tua alma, a tua primeira
queda.
Se, quando
caíres, te sentires inquieta, te
entristeceres, ficares tentada de desespero, se te vires a braços com um
sentimento de desânimo, sinal certíssimo é de que confiavas em ti e não em
Deus.
E se
tua tristeza, quando caíres, for muita, e
grande for o desespero, quer dizer que muito confiavas em ti e pouco em Deus.
Pois, quem desconfia
quase totalmente de si mesmo e confia quase inteiramente em Deus não se espanta
nem se entristece quando cai. Sabe que isto lhe ocorre devido à sua própria
fraqueza e a pouca confiança em Deus. E,
assim, mais desconfiado de si, mais e mais confia humildemente em Deus, e odeia
seus defeitos e paixões desregradas, ocasiões de queda.
Sente
um arrependimento sincero, mas calmo e pacífico, da ofensa a Deus, e continua
sua rota, perseguindo os inimigos,
com energia e resolução, até feri-los de morte.
Desejava
eu que estes pensamentos fossem considerados especialmente por certas pessoas
dadas à vida espiritual e que, quando caem em algum defeito, não podem nem querem se acalmar, e
esperam ansiosamente a hora de irem ter com o padre espiritual; e, isto, mais
para se livrarem daquela ânsia e inquietude que nasce do amor próprio. Deviam,
muito ao contrário, procurar o padre espiritual para se lavarem da mancha do
pecado e tomar forças contra as paixões, recebendo o Santíssimo Sacramento."
Excerto
do livro: “COMBATE ESPIRITUAL E O CAMINHO DO PARAÍSO”
do Ven.
Servo de Deus PADRE LOURENÇO SCÚPOLI
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