"A mortificação cristã tem por fim neutralizar as influências malignas que o pecado original ainda exerce nas nossas almas, inclusive depois que o batismo as regenerou.
Nossa regeneração em Cristo, ainda que anulou completamente o pecado em nós, nos deixa sem embargo muito longe da retidão e da paz originais.
O Concílio de Trento reconhece que a concupiscência, ou seja, o triplo apetite da carne, dos olhos e do orgulho, se deixa sentir em nós, inclusive depois do batismo, afim de excitar-nos às gloriosas lutas da vida cristã (Conc. Trid., Sess. 5, Decretum de pecc. orig.).
Em geral,
saiba negar à natureza o que pede sem necessidade. Saiba
fazer-lhe dar o que ela nega sem razão. Seus progressos na virtude, disse o
autor da Imitação de Cristo, serão proporcionais à violência que saiba
fazer-se.
Quisera Deus
que pudéssemos aplicar-nos com pleno direito as seguintes palavras de São
Paulo: “Em todas as coisas sofremos a tribulação… Trazemos sempre em nosso
corpo a morte de Jesus, afim de que a vida de Jesus se manifeste também em
nossos corpos” (2 Cor. 4, 10)".
Excerto do Artigo “La mortificación
cristiana”
Cardeal Desidério José Mercier (1851-1926)
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