"A santa penitente Taís, dirigindo-se um dia a S. Pafúncio, lhe disse: "Meu Pai, que devo fazer? A recordação da minha vida miserável me espanta e assombra!" Ela havia sido uma grande pecadora e estava cheia de medo por causa dos pecados cometidos.
O bom Santo lhe respondeu: tremei, mas tende esperança!
Tremei com medo de vos tornardes soberba e orgulhosa;
Mas tende esperança, a fim de não cairdes na desesperação e no desânimo.
Porque o receio e a esperança nunca devem andar desacompanhados um do outro, de modo que, se o receio não for acompanhado da esperança, não é o receio, mas a desesperança; e a esperança sem o receio é presunção.
Ominis vallis implebitur: urge, pois, enchermos de confiança e ao mesmo tempo de temor de Deus esses vales de desânimo, que o conhecimento dos pecados cometidos em nós produz.
"Bem-aventurado o homem que confia no Senhor e de quem o Senhor é a esperança. Será como a árvore que é transplantada sobre as águas, a qual estende as raízes para a umidade, e não temerá a secura, quando vier o calor. Será sempre verde a sua folha, e em tempo de seca não terá mingua, nem jamais deixará de dar fruto." (Jer 17,7-8)
Excerto do livro 'A arte de aproveitar-se das próprias faltas"
Pe. Tissot
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