Com sentimentos misturados de alegria e
de tristeza convém que acompanhemos a procissão de Ramos: alegria pelo triunfo do Salvador, e com a lembrança de nossa futura
recompensa, ao entrar com ele na Celeste Jerusalém; tristeza, ao considerar que esses mesmos Judeus, cujas
aclamações atroam os ares neste dia, ergueram brados de morte, no fim de cinco
dias, e lançaram aos ecos da cidade e do calvário, blasfêmias e impropérios
contra Aquele a quem hoje recebem como Filho de Davi.
Ai,
quantos Judeus assim entre Cristãos! Quisera
ninguém de nós tal seja!
Como é consagrado todo o ofício de Ramos a honrar o
Salvador, canta-se a Paixão na Missa.
Para nos tornar mais sensível esse terrível
acontecimento, faz a Igreja ouvir três vozes: a voz do historiador que conta o fato, a voz dos Judeus ou do
pecador que acusa seu Deus e pede que
morra, e a voz da augusta
Vítima que conserva no meio dos algozes Sua majestosa serenidade, com a
brandura do cordeiro.
Parece-nos assistir ao drama espantoso;
penetra-se-nos o coração; experimentamos
sentimentos que não pode inspirar a simples leitura da Paixão.
Ó Igreja Católica! Como bem conheces a humana
natureza!
ASPIRAÇÃO
Como poderia, ó meu divino Jesus, contemplar-vos e
não renunciar à minha vontade, ao meu orgulho, abraçando-me com a obediência e
humildade?
Excerto do
Goffiné, pág. 448/449
Visite nossos blogs associados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog é eminentemente de caráter religioso e comentários que ofendam os princípios da fé católica não serão admitidos. Ao comentar, tenha ciência de que os editores se garantem o direito de censurar.