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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O REMORSO DE CONSCIÊNCIA






O  REMORSO  DE  CONSCIÊNCIA



Em  1859,  uma  aldeia  da  Morávia,  chamada  Leibnitz,  foi devastada  por  um  pavoroso  incêndio.  A  principio  ninguém  suspeitou  que  o  fogo  tivesse  sido  obra  de  uma  terrível  vingança. O  que  chamou  a  atenção  foi  que,  desde  o  dia  do  incêndio,  um dos  habitantes  se  afastava  cautelosamente  dos  demais,  e passava seus dias em casa, sempre sozinho,  com  as  portas  cerradas.  Era o incendiário que, depois do seu crime, via continuamente os espectros das vítimas que pereceram no fogo. Bailavam diante de seus olhos e, apontando para uma árvore do quintal, pareciam dizer-lhe: “Ali serás enforcado!



O  infeliz  cortou  a  árvore.  Em vão.  Os  moradores  do  povoado viam-no  rezar todos  os  dias  ajoelhado  e  erguendo  as  mãos  aos céus.  Nem  assim  teve  sossego.  Por  fim  ele  mesmo  foi  apresentar-se  ás  autoridades,  dizendo:  “Eu  sou  o  culpado,  eu  sou  o autor  do  incêndio!”

Ah!  é  inútil.  Pretendem  alguns  abafar  a  voz  da  consciência, entregando-se  aos  prazeres  e  folguedos;  mas  é  inútil.  Por  algum tempo,  talvez,  a  consciência  ficará  calada;  mas  chega  um  dia  em que,  dentro  de  nós,  ela  começa  a  gritar  com  a  severidade  de um  juiz:  “Tu  és  o  incendiário!  tu,  o  assassino!  tu,  o  pecador!”



***

Excerto do livro "Tesouro de exemplos II Volume" - Pe. Francisco Alves, C.SS.R.


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