Assim como no falar muito não faltará pecado, assim, falar pouco e raramente faz com que o homem se preserve do pecado.
E se a consequência do demasiado falar frequentemente é a ofensa a Deus ou do próximo, o silêncio, por sua vez, nutre a Justiça, da queal nasce como de uma árvore o fruto da paz.
A língua, como diz São Thiago em sua epístola canônica, é apenas um pequeno membro, mas produz coisas grandes; e depois continua dizendo: Nossa língua é um fogo, é o conjunto de toda a iniquidade, acrescentando a interpretação de São Beda: "por ela quase todos os crimes são combinados ou cometidos".
Se queres ouvir, serva de Deus, se queres saber quantos males a língua produz se não é guardada diligentemente, ouve: A língua produz
- a blasfêmia,
- a murmuração,
- a defesa do pecado,
- o perjúrio,
- a mentira,
- as injúrias,
- as rixas,
- a ridicularização dos bons,
- os maus conselhos,
- a má fama,
- a jactância,
- a revelação dos segredos,
- as ameaças e promessas indiscretas,
- o excesso no falar,
- a chocarrice.
Seria na verdade grande vergonha para o sexo feminino e grande deshonra para as virgens consagradas não terem sua boca em guarda nem sua língua, causadora inquieta de tantos males.
Ouso dizer: em vão se gloria possuir a virtude no coração o religioso que perturba o silêncio com o desassossego do muito falar. "
Excerto do livro "A direção da alma e a vida perfeita"
São Boaventura
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