É comum ouvir-se pessoas que lamentam o fato de verem seus filhos
corromperem e descambarem para uma vida ruim. Na sua lamentação eles dizem
que deram estudo aos seus filhos, colocaram-nos em clubes esportivos,
fizeram que eles aprendessem instrumentos musicais, propiciaram-lhes
o estudo de línguas, de judô, de balé, mas no fim, tiveram com esses
filhos enormes desilusões.
Um viu seu filho tornar-se um devasso, outro viu sua filha
amasiar-se, este viu as drogas degradarem seus filhos, aquele presenciou
a morte de um deles na maior decadência moral.
- O que ocorreu? Perguntam eles.
- Nós fizemos tudo para que nossos filhos progredissem e o
resultado foi isso aí. No que falhamos?
Se eles fizessem - um sério exame da maneira como criaram seus
filhos, veriam que deram algo a eles, mas não lhes deram o
mais importante e o essencial: A Religião, a Fé Católica.
Na verdade, movidos por ideias de falsos educadores, esses pais
acharam que a religião não era um elemento importante na vida.
Que eles, pais, tinham superado problemas e dificuldades, e
seus filhos os superariam também. Ou ainda, julgaram que
muita religiosidade faria de seus filhos "fanáticos".
Com isso, evitou-lhes encaminhar a uma sólida vida de piedade,
contentando-se com a "festa" da primeira comunhão e nada mais.
Isso, quando não combateram sinais de fervor religioso nesses mesmos
filhos.
Frases como: "prefiro ver meu filho morto a vê-lo padre",
"não quero uma filha beata", "não devemos
exagerar e sermos fanáticos em religião", "meu filho tem
que ser um jovem de sua época", "minha filha precisa
divertir-se", entre outras, nortearam esses pais, e
hoje, eles colhem os amargos frutos que tão
terrivelmente plantaram.
Dirá alguém: "mas esses pais tiveram boas intenções".
Nós retrucamos dizendo que o inferno está cheio de gente bem
intencionada..., que não realizou suas intenções. E isso,
com intenções que eram realmente boas. Que dirá da má vontade e
desleixos propositais. Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Quem não educa seus filhos dentro das regras da Santa Igreja
Católica, cria futuros delinquentes, que de uma forma ou de
outra, desapontarão seus pais nesta vida e perder-se-ão para todo o
sempre.
Só a pratica dos mandamentos, a vida segundo o Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo, a oração do terço, a frequência dos Sacramentos
da Confissão e da Comunhão, a prevenção das más companhias,
poderão produzir filhos que sejam a honra de seus pais.
Fora disso, qualquer educação é quimérica.
Se pais, como os acima mencionados, formam péssimos filhos;
com alegria citamos aqui alguns pais e mães que criaram seus
filhos para Deus, e disso resultaram verdadeiras joias preciosas.
Assim, vemos o pai de Santa Terezinha, que amava imensamente sua
filha e no dia que ela entrou com 15 anos para o Carmelo, disse que
só Deus poderia exigir dele o sacrifício de separar-se de sua rainhazinha.
Ou então, a rainha Branca que dizia ao seu filho, São Luiz, que
preferia mil vezes vê-lo morto, ao vê-lo cometer um pecado.
Ou ainda, a mãe do grande Papa São Pio X, que com seu ofício de
costureira mantinha o seu lar, enquanto formou seu santo filho. E,
encerramos, mencionando "mamãe Marguerita", mãe do grande Dom
Bosco, que colocou no seu filho aquelas ideias de amor à virtude e
ódio ao pecado, que ele, posteriormente, tão
maravilhosamente transmitiria aos seus jovens. Que Nossa Senhora, Mãe
de Deus e modelo de Mãe, ilumine os pais de hoje para que eles
compreendam que verdadeira educação, só com Religião.
(O Desbravador, maio de 2006).
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