Salve
Maria!
Programamos
uma série especial extraída do livro Glórias de Maria, de Santo Afonso Maria de
Ligório, que falará sobre as Virtudes da Santíssima Virgem e nos animará a
crescermos na prática das virtudes e a progredirmos espiritualmente.
Aproveitem!
Viva
Cristo Rei!
AS VIRTUDES DE NOSSA SENHORA
Parte
1
Os santos padres chamam a humildade de base de
todas as virtudes. De todas as virtudes,
a humildade é o fundamento e a
guarda.
Sem
humildade, não há
virtude que possa
existir numa alma.
Possua embora todas
as virtudes, fugiriam
todas ao lhe
fugir a humildade.
Diz S. Francisco
de Sales e
S. Joana Chantal
que Deus é tão amante
da humildade, que se apressa em correr onde a vê.
I.
HUMILDADE
DE MARIA
Parte 1
No mundo era desconhecida essa virtude tão bela
e necessária. Mas, para ensiná-la, veio a terra o próprio filho de Deus,
exigindo que, principalmente nesse particular, lhe procurássemos imitar o
exemplo: “Aprendei de mim que sou manso e
humilde de coração” (MT 11,29) E assim como em todas as virtudes foi Maria
Santíssima a primeira e a mais perfeita discípula de Jesus Cristo o foi também
na humildade. Pela humildade ela mereceu ser exaltada sobre todas as criaturas.
1. O
primeiro traço da humildade é o modesto conceito de si mesmo.
O humilde conceito de sim mesma foi o encanto
com que Maria prendeu o coração de Deus. Não podia, é claro, a Santíssima
Virgem julgar-se uma pecadora, pois, na frase de S. Tereza, a humildade é a
verdade, e Maria tinha consciência de nunca haver ofendido a Deus.
Vendo-se uma mendiga revestida de custosas
vestes, que lhe foram dadas, não se envaidece, mas antes se humilha ao
contemplá-las diante de seu benfeitor. A
Santíssima Virgem quanto mais
enriquecida se via, mais
se humilhava. Lembrava-se sem cessar, de que tudo aquilo era dom de Deus. Dai a sua palavra a S. Isabel
de Turíngia: “Creia-me filha, sempre me
tive pela última das criaturas e indigna das graças de Deus.”
2.
Também é efeito da humildade ocultar os dons celestes.
Nem a São José quis Nossa Senhora revelar a
graça de se haver tornado Mão de Deus. O pobre esposo viu como ela ia ser mãe,
e necessitava de esclarecimentos que o libertassem de cruciantes suspeitas da
honestidade da esposa, e dele afastasse vexames e confusões. De uma lado, José
não podia duvidar de Maria e de outro ignorava o mistério da Encarnação.
Resolveu por isso deixá-la ocultamente, para sair de tão embaraçosa situação.
Tê-lo-ia feito certamente, se o anjo não lhe houvesse revelado que sua esposa se
tornara Mãe por obra do Espírito Santo.(MT 1,18-23).
3. Os
humildes recusam os louvores referindo-se todos a Deus.
Tal foi o procedimento de Nossa Senhora, ao
perturbar-se diante dos louvores que lhe dirigia o arcanjo S. Gabriel.
Assim foi o seu procedimento, quando
Isabel a chamou de bendita entre todas as
mulheres e a Mãe do Senhor.
Imediatamente Maria atribui
toda a glória
a Deus, respondendo
no seu humilde
cântico: “Minha alma engrandece ao
Senhor”. É como se disse: Isabel tu me louvas, porém eu louvo ao Senhor a
quem unicamente é devida toda a honra. Tu te admiras de vir eu a ti, mas eu
admiro a bondade divina, na qual tão somente, meu espírito se alegra. Louvas-me
porque eu acreditei, mas eu louvo a meu Deus que quis exaltar o me nada, na
baixeza de sua serva pôs seus olhos. É esse o motivo que Maria disse a Santa
Brígida: “Porque me humilhei tanto ou por
que mereci, minha filha tão extraordinária graça? Só porque estava plenamente convencida de não valer nada, de não
possuir algo de mim mesma.”
Excerto do Livro “Glórias de Maria”
de Santo Afonso de
Ligório
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