Salve Maria,
Publicaremos uma sequência de textos retirados do livreto do Pe. Quadrupani: "Direção para viver cristãmente". São dicas valiosas e animadoras para nos auxiliar na prática da vida cristã. Aproveitem!
Viva Cristo Rei!
DIREÇÃO PARA VIVER CRISTÃMENTE
Rev. Padre
Quadrupani - Barnabita.
Capítulo I - Relações
com Deus
Os deveres do cristão
para com Deus reduzem-se
a prática da religião, e,
por conseguinte, a aperfeiçoar-se, sobretudo no uso
da oração, no modo
de ouvir a missa,
na frequência da
confissão e da comunhão,
na leitura espiritual
e na santificação
dos dias santos. Toquemos
rapidamente todos estes diversos
assuntos.
ORAÇÃO
1)
A oração
é o meio
ordinário por onde
Deus nos comunica
suas graças. “A oração eleva-se do homem para Deus, diz Santo
Agostinho, e a graça desce
de Deus sobre
o homem”.
2)
Mas todas as
coisas têm sua medida
e seu limite. Quando, nas
Santas Escrituras, se ordena que
oremos constantemente, não se
deve entender a
respeito da oração atual,
o que seria
impossível ao homem
neste mundo; mas do desejo de glorificar a Deus em todas
as nossas ações, desejo que deve
ser permanente em
nós. Por isso Santo
Agostinho disse: “Se o
vosso desejo for frequente,
frequente será a
vossa oração; se vosso desejo
for continuo, continua
será a vossa
oração”.
3)
A duração
da vossa oração
deve medir-se pela
disposição da vossa alma
e obrigações do vosso
estado.
4)
Aquele
que prolonga a sua oração até se enfastiar e sobrecarregar
o espirito opõe-se
ao mesmo fim da
oração, que é
conservar em todo
seu fervor o desejo de
glorificar a Deus. Esta doutrina, exposta
com lucidez por S. Tomás,
não deveria ser esquecida por
essas almas, excelentes em
tudo o mais,
mas que pelo excesso de suas
orações abatem o espirito em
vez de o
reanimarem. O homem de temperança e bom senso
cessa de
comer quando está satisfeito, ou
quando sente alguma dor de estomago, por melhores que sejam e mais requintados e
saborosos os alimentos que
se lhe sirvam.
5)
Nunca deveis
deixar de cumprir as
obrigações do vosso estado
para orardes segundo
o vosso gosto. S. Tomás ensina
que na ocasião em
que estamos aplicados
aos nossos deveres
segundo a vontade
de Deus, recebemos
da Sua mão
as graças de que havemos mister, ainda mesmo sem essa
oração frequente. Estão em
seu lugar o
trabalho e a fadiga. Há
até mais merecimento do que em entreter-se
somente no pensamento dele,
como acontece durante a oração.
6)
Fugi desse
cuidado que vos impele
a multiplicar vossas orações vocais; aplicai-vos antes a santifica-las, recitando-as
com sossego, atenção e
devoção. Não é a
abundancia de sustento,
que dá vigor, mas
sim a sua
boa digestão. É
por isso que
S. Francisco de
Salles dizia: "nosso amor próprio
é um grande
embrulhador, que abraça
sempre muito e nada
aperfeiçoa. Pouco e bem é o
que faz o
homem prudente e sábio;
muito e mal é
o que faz
o insensato e presumido”.
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