"Não gosto de ver-te assim, mãezinha..."
Dizia uma piedosa menina, arrepanhando, os decotes no vestido materno. A própria mãe da santa menina conta-nos o fato, ao mesmo tempo instrutivo. Por entre carinhosa e escandalizada, a pequena corrigia uma exibição condenável.
Nas portas das igrejas pode-se ler com freqüência (*) a frase de uma carta de Pio XII:
"Os direitos da alma estão acima dos direitos da moda".
Não será tempo perdido repeti-la em casa, ou mandar escrevê-la nos guarda-roupas das filhas. Nada de relatividade do pudor. Um no inverno, outro no verão. Uma na cidade, outro nos salões, nas praias. Toda família que não vive na lua sabe muito bem do plano destruídor: acabar com o pudor, perverter a mulher, torná-la insensível ao perigo para corromper a sociedade.
Ora, dar auxílio a tal plano é trair a Religião e a Igreja. Nem entendo como ainda se tenha de andar provando tudo isso a mães, que são responsáveis pela conduta dos filhos.
Não é de hoje que a Igreja vive alarmando as consciências. Aos maridos Pio XII recorda que também eles não podem nem devem vestir suas esposas de modo incoveniente e exibi-las em salões, a pretexto de que são senhoras casadas.
O casamento não dispensa o pudor, nem garante contra infidelidade do espírito, do coração e do corpo. Bem pode estas aparecer na aproximação indevida de um fraco ou perverso, provocado pela falta de pudor da esposa mal vestida.
Mais ainda. Como irá ter delicadeza e intuições de pudor, com respeito às filhas, a mãe que não se respeita no trajar? Não adianta alegar posição social. Nossa primeira e mais fidalga posição é a filiação divina, adquirida ao batismo pela graça.
Terá autoridade moral para impor quem for remissa em dar exemplo de recato?
Nossa menina, com sua alma delicada, tinha visão dos puros. Olhos puros enxergam melhor, notam mais depressa a ronda do mal.
Logo, mães que me (lês), anotai meu pedido e meu aviso:
respeitai o pudor em vossas filhas, respeitando-o em vós mesmas!
Poderá isso exigir o sacrifício.
Mas não é a educação moral um novo parto com novas dores?
Quando se educou para vida, sem sacrifícios?
Dor é renúncia de algo que nos agrada e adula. Penso que uma revisão nos vestidos poderia ser bem indicada para mais de uma família (leitora). Deus, no dia das contas, saberá do corte de todos os vestidos. Se não forem de Seu agrado, irá revestir de glória o corpo ressuscitado? Não.
(Excertos do livro: Mundos entre berços - Pe. Geraldo Pires de Souza)
* Infelizmente não encontramos nos dias de hoje, tal frase nas portas das igrejas.
PS: Grifos meus.
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