Salve Maria!
Daremos início a uma série de 14 publicações
sobre Mortificação Cristã, extraídas do artigo “La mortificación cristiana”,
escrito pelo Cardeal Desidério José Mercier.
Publicamos excertos do artigo (em trechos
curtos) para facilitar a leitura e meditação e para nos ajudar a melhor praticar a mortificação cristã no nosso dia a
dia.
O artigo foi dividido desta forma:
Parte 1: Objeto
da mortificação cristã
Parte 6: Mortificação dos sentidos, da imaginação e das paixões (Terceira Parte)
Parte 7: Mortificaçãodo espírito e da vontade (Primeira Parte)
Parte 7: Mortificaçãodo espírito e da vontade (Primeira Parte)
Uma santa Quaresma a todos.
Viva Cristo Rei.
***
A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ – Parte 1
Objeto da mortificação cristã
A mortificação cristã tem por fim neutralizar as influências malignas que
o pecado original ainda exerce nas nossas almas, inclusive depois que o
batismo as regenerou.
Nossa regeneração em Cristo, ainda que anulou
completamente o pecado em nós, nos deixa sem embargo muito longe da retidão e
da paz originais.
O Concílio de Trento reconhece que a
concupiscência, ou seja, o triple apetite da carne, dos olhos e do orgulho, se
deixa sentir em nós, inclusive depois do batismo, afim de excitar-nos às
gloriosas lutas da vida cristã (Conc. Trid., Sess. 5, Decretum de pecc.
orig.).
A Escritura logo chama esta triple concupiscência
de “homem velho”, oposto ao “homem novo” que é Jesus que vive em nós e nós
mesmos que vivemos em Jesus, como “carne” ou natureza caída, oposta ao “espírito”
ou natureza regenerada pela graça sobrenatural.
Este velho homem ou esta carne, ou seja, o homem
inteiro com sua dupla vida moral e física, deve
ser, não digo aniquilado, porque é coisa impossível enquanto dure a
vida presente, mas sim mortificado,
ou seja, reduzido praticamente à impotência, à inércia e à esterilidade de um
morto; há que impedir-lhe que dê seu fruto, que é o pecado, e anular
sua ação em toda a nossa vida moral.
A mortificação cristã deve, portanto, abraçar o
homem inteiro, estender-se a todas as esferas de atividade nas quais a natureza
é capaz de mover-se. Tal é o objeto da
virtude de mortificação. Vamos indicar sua prática, recorrendo
sucessivamente as manifestações múltiplas de atividade em que se traduz em nós:
I) A atividade orgânica ou a vida corporal;
II) A atividade sensível, que se exerce seja
debaixo da forma do conhecimento sensível pelos sentidos exteriores ou pela
imaginação, seja debaixo da forma de apetite sensível ou de paixão;
III) A atividade racional e livre, princípio de
nossos pensamentos e de nossos juízos, e das determinações de nossa vontade;
IV) Consideraremos a manifestação exterior da
vida de nossa alma, ou nossas ações exteriores;
V) E, finalmente, o intercâmbio de nossas
relações com o próximo.
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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