Mortificação do espírito e da vontade
(Primeira
Parte)
1º Mortifique seu espírito proibindo-lhe todas
as imaginações vãs, todos os pensamentos inúteis ou alheios que fazem perder o
tempo, dissipam a alma, e provocam o desgosto do trabalho e das coisas sérias;
2º Deve distanciar de seu espírito todo
pensamento de tristeza e de inquietude. O pensamento do que poderá suceder no
futuro não deve preocupá-lo. Quanto aos maus pensamentos que o molestam, deve
fazer deles, distanciando-os, matéria para exercer a paciência. Se são
involuntários, não serão para você senão uma ocasião de méritos;
3º Evite a teimosia em suas idéias, e a
obstinação em seus sentimentos. Deixe prevalecer de boa vontade o juízo dos
demais, salvo quando se trate de matérias em que você tem o dever de
pronunciar-se e falar;
4º Mortifique o órgão natural de seu espírito, ou
seja, a língua. Exerça-se de boa vontade no silêncio, seja porque sua Regra o
prescreve, seja porque você o impõe espontaneamente;
5º Prefira escutar os demais do que falar você
mesmo; mas, sem embargo, fale quando convenha, evitando tanto o excesso de falar
demasiado, que impede os demais expressar seus pensamentos, como o de falar
demasiado pouco, que denota indiferença que fere ao que dizem os demais;
6º Não interrompa nunca quem fala, e não corte
com uma resposta precipitada quem lhe pergunta;
7º Tenha um tom de voz sempre moderado, nunca
brusco nem cortante. Evite os “muito”, os “extremamente”, os “horrivelmente”,
etc.: não seja exagerado em seu falar;
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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