Desprezai aquelas escaramuças do inimigo; não mais
se vos dê por elas, que pelas moscas a voar e zunir em roda. Tanto, porém, que
lhe sintais alguma ponta, seja-vos
bastante despedi-las simplesmente, ocupando-vos ora interior ora exteriormente
em alguma coisa boa, mormente em amor de Deus.
Em tendo lazer para notar a qualidade da tentação e
opor-lhe algum ato de virtude diretamente contrária, acrescentar um olhar singelo do Coração para Jesus Cristo crucificado e
beijai-Lhe os pés, em espírito, com muito amor: este é o meio verdadeiro
de vencer as pequenas tentações, e também as grandes. Encerrando, com
efeito, o amor de Deus as perfeições de todas as virtudes; é por isso mesmo o soberano remédio contra todos os vícios:
depressa foge o maldito, mal percebe que só servem as suas sugestões para
levar-nos ao exercício do amor de Deus. É esta a regra contra aquelas tentações
miúdas e frequentes, que não há prestar-lhes atenção nem combatê-las uma por
uma; seria muito trabalho e nenhum proveito.
Excerto do Goffiné, pág. 352
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