Mortificação do espírito e da vontade
(Terceira
Parte)
16º Aceite com a mais perfeita resignação as
mortificações chamadas de Providência, as cruzes e os trabalhos unidos ao estado
em que a Providência o pôs. “Quanto menos há de nossa eleição, mais há de
beneplácito divino”, dizia São Francisco de Sales. Queríamos escolher nossas
cruzes, ter outra distinta da nossa, levar uma cruz pesada que tivesse ao menos
algum brilho, antes que uma cruz ligeira que cansa por sua continuidade:
Ilusão! Devemos levar nossa cruz, e não outra, e seu mérito não se encontra em
sua qualidade, senão na perfeição com que a levamos;
17º Não se deixe turbar pelas tentações, pelos
escrúpulos, pelas aridezes espirituais: “o que se faz durante a sequidão é mais
meritório diante de Deus do que o que se faz durante a consolação”, dizia o
santo bispo de Genebra;
18º Não devemos entristecer-nos demasiado por nossas
misérias, senão mais bem humilhar-nos. Humilhar-se é uma coisa boa, que poucas
pessoas compreendem; inquietar-se e impacientar-se é uma coisa que todo o mundo
conhece e que é má, porque nesta espécie de inquietude e de despeito o amor
próprio tem sempre a maior parte;
19º Desconfiemos igualmente da timidez e do
desânimo, que fazem perder as energias, e da presunção, que não é mais do que o
orgulho em ação. Trabalhemos como se tudo dependesse de nossos esforços, mas
permaneçamos humildes como se nosso trabalho fosse inútil.
Cardeal
Desidério José Mercier
Excerto
do Artigo “La mortificación cristiana”
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