Todo amor é, em última análise, uma inclinação daquele que ama para o que é amado. Pode-se amar a si mesmo, amar outras pessoas ou coisas, amar a Deus.
Limitem-nos, pois, a três facetas do amor, o bastante para analisarmos e penetrarmos bem o sentido da inclicação de um sexo para o outro, tendência natural, querida por Deus, mas espantosamente degradada pelo sensualismo burguês.
TRÊS AMORES:
A) Amor sexual
B) Amor espiritual
C) Amor cristão
AMOR SEXUAL:
É aquele que busca no parceiro apenas satisfação carnal, do desejo meramente sensual, visando tão somente o prazer. Cessada a esperança desse prazer, ou saciado o desejo da posse, o amor sexual esfria e morre. Não raro se transforma em ódio.
O amor sexual, é, pois, a morte do amor, a animalização do homem, a degradação da pessoa humana.
AMOR ESPIRITUAL: (na definição de Lortie, na sua Filosofia Cristiana)
Enquanto natural, é aquela inclinação que procura o amado de modo racional.
Procurar o amado de "modo racional" é buscá-lo, não para saciar instintos tão somente, mas para realizar com ele uma troca de bens, como no caso de amizade, ou ainda, para dar-se totalmente um ao outro, como no matrimônio verdadeiro.
É buscar no amado um complemento de si, dar-se a ele para completá-lo, sem egoísmo, sem cálculos mesquinhos.
Este amor pode chegar aos mais belos desprendimentos, levando o amante a buscar apenas o bem do amado, com renúncia de troca, como no caso do amor materno.
Amar é querer bem.
AMOR CRISTÃO:
O erro básico do gênero humano foi considerar que apenas dois elementos são necessários ao amor: tu e eu, a humanidade e eu.
Na verdade, são necessários três elementos: a pessoa, o próximo e Deus; tu, eu e Deus.
O amor tem asas para subir aos céus e firmar-se em Deus, fonte de todo amor. Deus é o verdadeiro objeto do coração humano.
Eis o amor cristão. Aquele que tem por objeto o próprio Deus.
Deus pode ser amado diretamente em si mesmo ou indiretamente nas criaturas.
Somente o amor cristão, "forte como a morte" resiste impávido a certos imbates da desventura.
Disse Santa Teresa de Jesus: "Se em meio à adversidade, persevera o coração sereno, alegre e feliz: Isto é amor, outro não."
Excerto do livro "À espera do noivo" - Pe Casemiro Campos
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